sexta-feira, 15 de abril de 2011

Ontem vi crianças.
As vi de um modo interessante e peculiar.
Busquei analisar seus gestos de uma maneira mais subjetiva do que de uma maneira mais superficial.
Um menininho de maneira apressada adentrou ao ônibus coletivo e tentava de maneira engraçada passar a catraca,mas foram tentativas frustradas,não apenas pela sua estatura mas também porque não havia pago a passagem.
Eis que surge uma mulher,que logo percebi ser sua mãe.De maneira paciente ela paga ao cobrador a passagem,olha para o garoto e diz: vamos filho.Os dois sorriem.
Em uma outra parada,entra um garotinho muito sorridente com uma mochila nas costas.Seus passos são firmes e sua tenta se postar como um verdadeiro homem.
Ele paga a passagem,passa pela catraca,busca o melhor lugar,se assenta,se acomoda e sorri vitorioso para si mesmo.
Sorri dessa cena e olhei para a janela.
Foi quando vi um pequenino correndo na praça,espantando os pombos.
Corria com os braços abertos e gargalhava.
Corria em direção a outros braços,os braços dos seus pais,que o receberam de uma maneira radiante.
E dali sairam os três,o pai,a mãe e o filho,de mãos dadas.
Assim,como em cena de TV.
O ônibus prosseguiu seu caminho.
Avistei algo que a muito tempo não via.
Um por do sol,um rio,barcos e um céu azulado.
Esta cena me trouxe uma paz e uma alegria impressionante.
Me vi como aquelas crianças,que no pouco conseguem ser felizes.
Que nas dificuldades sabem que tem a proteção dos pais,que muitas vezes tentar ser/se tornar adulto é algo necessário,mas que no fim de tudo,você sabe que pode correr de braços abertos de volta pra casa e espantando os seus medo (pombos),porque você vai estar no lugar mais protegido: no aconchego do seu lar,no afago dos seus pais.



M.

Nenhum comentário:

Postar um comentário