Nao me venha.

Nao me venha com seus olhares diversos se não deseja enxergar a minha essência.
Nao faça comigo suas brincadeiras bobas se não anseia me fazer realmente feliz.
Nao me diga  que pensa em mim se não busca me ter em presença.
Nao me deseje bom dia se não posso partilhar do que ele concede de bom ao seu lado.
Nao me abrace enquanto seus braços se entrelaçam em outra vida.

Nao me diga mais nada alem do que deseja falar.

Nao me venha com tudo aquilo que eu buscava, se o que busco eu não posso ter.
Nao me venha com seu quadro de ilusões querer enfeitar minha parede tao emoldurada.
A mim, já me basta meus próprios quadros criados.
A mim, já me basta as minhas próprias ilusões.

M.

Pense, repense e trepense.

Pode parecer estranho revisitar o passado, mas é provável que todos já tenhamos feito isso. Essa visita acontece quando menos se espera, quando nossos pensamentos simplesmente não obedecem o nosso comando de viver o real, se esvaem de nós e se libertam para vaguear por momentos até então esquecidos e guardados.

Ao relembrar de tantas coisas e momentos, as nossas reações também se transformam e dessa forma o nosso pensar atual se confunde com o que foi, com o que seremos e como estamos. Desta forma, o que vivemos torna-se um pouco mais confuso do que estava.

Estarmos confusos não é ruim, apenas nos faz pensar um pouco mais sobre tudo e nos leva a reafirmar certezas ou equalizar duvidas. E então o que fazer diante disso? Pensar mais um pouco no seu próximo passo seria uma boa saída.

Muitas pessoas me ligam e me questionam sobre o que fazer em alguma situações onde elas já não sabem onde pisar. Eu posso ate sugerir algo, mas no fim são elas que decidirão o melhor pra elas, são elas que escreverão suas próprias historias.

Enquanto a mim, digo como Caio F. Abreu: penso, repenso e trepenso. E é assim, pensando em demasia, que acabo protelando um ato, restrinjo-me então ao espaço de esperar de sorrir do que me põe.  Esperando, posso agir com cautela e firmeza na minha próxima cena que pode ser contracenado ou não. Ou posso fazer o que comumente faço: nada! Nesse tempo de ‘trepensar’, de esperar, descubro mais sobre mim e sei que o que passou, dificilmente poderá ser remodelado, então foco no que posso tranformar, agir, reagir no hoje e assim remodelar meu atual momento que acarretara melhores consquencias ao meu amanha. Simples assim.

Pense, repense, trepense, espere e sorria. Afinal, a vida nem sempre é tão difícil assim.

 

M.

Em vão voltarei a ti... E aqui estou.
Relembrando, vivendo esses quase quatro longos curtos anos que se passaram.
Quanto tempo, quantos dias, minutos...
Quantos sorrisos perdidos e vividos...
Quantas angústias compartilhadas...
Quantos sonos, sonhos embarulhados pelo movimento da noite...
Quantos pós de café impregnados nos lábios ...
Quantas lágrimas de alegria e saudade...
Quantos vais e vens...
Quantas pessoas, gestos e descompassos de canções se passaram por aqui...
Quantas loucuras sucumbidas, emaranhadas ao simples medo de navegar por ai...
Quantas indecisões e sobreposições....
Quantas colchas remendadas...
Quantos balanços das cinco da manhã...
Quantas brisas sentidas...
Quantas borboletas voando em um espaço diferente, chamado estômago...
Quantas recordações em um simples olhar...
Quantos amores vividos e perdidos...
Quantos cheiros descritos...
Quantos ônibus perdidos...
No que se perdeu, perdeu...
Então se encontram novos coloridos...
O tempo é a dimensão pra viver, sentir, refletir ...


Então, e eu sem razão me perco no mistério da mudança que pode ou não ter acontecido aqui.



L.

Sorrisos estampados com cores da alma.
Cores que pelo vento se misturam e se somam e somem.
Somem dentro de sentimentos, formam outros sentidos.
Sente-se leve e contraditoriamente pesado.
Sorrisos se calam para presenciar pensamentos.
Pensamentos se confundem.
Se foge do exposto e retorna-se a essência.
Hora do silencio.

M.  

Permito-me Confiar

Sonhar e me permirtir persistir e ir atrás desses sonhos, é assim que me encontro hoje!

Não imaginei que um dia poderia desejar segurar com tanta força o catavento da vida para que ele parasse de girar na dobra arroseada, naquela dobra que representa sonhos conquistados.

Também um dia não parei para raciocinar com demasia e ponderar com afinco onde meus sonhos me levariam, simplismente resolvi segui-los e ver até onde eles iriam e até onde se prostariam.

Sinceramente, também não imaginava que eles seriam bem mais fortes que eu, que eles sugariam força vital de onde eu nunca imaginaria: da minha própria vida.

Logo eu que me imaginava uma garota tão frágil, como eu resistiria viver longe dos meus pais, longe dos meus amigos, da minha rotina, da minha pequena cidade, de tantas coisas a me dizerem um não?!

Mas eu estou aqui e bem mais fortalecida de quando vim.

Estou aqui lutando, buscando e vivendo sonhos.

Estou aqui e me permito ir onde não imaginava, por caminhos de linhas não traçadas.

Estou aqui e sigo em frente, mesmo diante de medos aparentes.

Estou aqui e persisto porque confio nos propósitos e Naquele que me trouxe até onde estou, até aqui, até o fim!

"Mas os que confiam no Senhor renovarão as suas forças. Subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; andarão sem desfalecerem". (Salmos 40:31)

M.

 

 

Não desistirei do sorriso escondido entre as folhas pautadas do teu rosto

Do olhar arregalado iluminando o dia

Do céu avantajado de estrelas

Do amanhecer irradiado de energia

Das estrelas mais antigas e das mais novas

Eu não desistirei de estar bem, de viver bem!

Bem comigo mesma, bem! Apenas bem.

Não desistirei de nós

E quando pensar em desistir

Esperarei paciente e aprenderei novamente a não desistir

Porque diferenças são dons, e afinal de contas só funcionamos bem porque somos diferentes.

E temos muito que aprender um com o outro, então...

Elucidar pra que?

Apenas viver!

L.

Te tenho em casa

Era cedo, era manhã.
O sol começava a abraçar a vida daquele dia e eu pude ouvir sua voz.
Você já desejava bom dia e eu descia correndo pelas escadas ao seu encontro.
Abri um enorme sorriso, gritei por você, te dei o maior abraço, o mais apertado.
Você, já com a voz embargada dizia: como vai minha filha?!
Eu só repetia: que saudades papai, que saudades.

É Pai, é muito bom ter você em casa.

M.